Dr. Luiz Ovando foi um dos principais palestrantes no VI de Simpósio de Cardiogeriatria e Atendimentos Multidisciplinar ao Idoso, em Campo Grande
A Universidade Uniderp, sediou na manhã desta sexta-feira (6), o VI SAMI (Simpósio de Cardiogeriatria e Atendimentos Multidisciplinar ao Idoso), organizado pelo Projeto AMI (Atendimento Multidisciplinar ao Idoso) do Hospital São Julião, sob a coordenação da médica cardiologista, Dra. Angela Sichinel.
O evento foi aberto com a palestra do médico Celmo Porto, que também é professor, pesquisador e autor de 9 livros. Dr. Celmo iniciou o encontro abordando o Ensino e Prática da Medicina do Século XXI e o uso da inteligência artificial no diagnóstico do paciente, bem como a disrupção na maneira de funcionar a medicina. “A inteligência artificial está participando de todas as atividades. Na medicina não é uma exceção e nós teremos que saber em que grau isso está acontecendo no atendimento do nosso paciente. Nós teremos que entender como colocar em nosso cotidiano, os equipamentos, o Chat GPT, Gemini ou outros que vão aparecer por aí porque o que ele pode fazer atingirá o âmago da nossa atividade médica. Primeira coisa que ele será revolucionário é fazendo prontuários. Já há trabalhos mostrando que estes aplicativos fazem prontuários clínicos melhor do que nós. Tudo isso será incorporado ao atendimento médico. A tecnologia está aí para somar, mas nada substituirá um bom médico, um bom clínico, uma boa conversa de consultório”, destacou Porto.
O deputado federal Dr. Luiz Ovando, por sua vez, destacou a importância do movimento em todas as idades, principalmente dos idosos e explanou o que categoriza um idoso frágil. “É aquele que apresenta várias limitações orgânicas, respostas fisiológicas improprias, com consequente ameaça à vida. E a fragilidade significa a capacidade reduzida diante o stress, diante a solicitação. O jovem tem essa resposta rápida, enquanto o idoso pode apresentar dificuldades diversas, como tontura prévia, comprometimento cognitivo, lentidão ao caminhar, fraqueza, entre outros”, explicou o médico cardiologista.
Dr. Luiz Ovando também reforçou a importância da atividade física para a longevidade e uma vida saudável. “Temos que preservar a capacidade de se movimentar de todas as pessoas, principalmente dos idosos, por isso sempre digo que a saúde está nos movimentos”.
No período da manhã o Simpósio foi assistido pelos alunos do curso de medicina, nutrição, enfermagem e fisioterapia que, atentamente, ouviram as importantes contribuições dos baluartes da medicina geriátrica e cardiológica. “Para nós alunos, com certeza é uma honra ouvir pessoas tão importantes da nossa área e é também uma forma de sabermos qual caminho queremos seguir. Eu com certeza fiquei ainda mais envolvida com a geriatria e quem sabe, não será esse o meu destino na residência médica”, disse Giuliana Souza, aluna de medicina do 5° semestre.
Dra. Angela Sichinel, destacou a importância do VI de Simpósio de Cardiogeriatria e Atendimentos Multidisciplinar ao Idoso. “Esse é o nosso objetivo, promover saúde e informação e o que nos move, o que nos desafia é o atendimento ao idoso. A população está envelhecendo e nos precisamos aprender, ensinar e debater o atendimento ao idoso na rede de Saúde”, pontuou.