Proposta de turma exclusiva de Medicina para assentados do MST gera polêmica

Dr. Luiz Ovando levanta preocupações com a qualidade da saúde e a equidade no ensino universitário

O Deputado Federal, médico e professor, Dr. Luiz Ovando, expressou profunda indignação com a recente proposta de criação de uma turma exclusiva do curso de Medicina na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), destinada apenas aos assentados da reforma agrária.

Para o Dr. Ovando, essa iniciativa, demanda do Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra (MST), “revela como a politização pode afetar negativamente a qualidade e a seriedade do ensino universitário”, destaca.

Segundo o parlamentar, permitir que a seleção para o curso de Medicina seja feita apenas por meio de prova de redação e vivência de 19 dias em um assentamento do MST estabelece um precedente perigoso. O parlamentar também ressalta a importância de critérios bem definidos e transparentes para garantir a equidade e a meritocracia, fundamentais na formação de profissionais qualificados e competentes.

O posicionamento contrário à proposta também foi manifestado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que alertou para o risco de redução da qualidade da formação técnica dos estudantes. Para o Simers, “a Medicina é uma profissão complexa e crucial para a saúde e o bem-estar da população, não podendo permitir que interesses políticos se sobreponham à excelência acadêmica e à competência profissional”.

Dr. Ovando enfatiza que, “essa medida representa um retrocesso no sistema de ingresso aos cursos superiores, ao estabelecer um tratamento privilegiado a um grupo específico de pessoas em detrimento de outros candidatos que enfrentam processos seletivos rigorosos”. Ele ressalta que a dedicação, o conhecimento científico sólido e as habilidades técnicas desenvolvidas ao longo de muitos anos de estudo e prática são extremamente necessárias para a formação médica.

Médico há 48 anos, o parlamentar destaca ainda que “a proposta prejudica não apenas os estudantes em busca do curso de Medicina, mas também compromete a confiança da sociedade no sistema educacional como um todo”.

Diante da proposta em questão, o Deputado Federal Dr. Luiz Ovando emitiu nota através de suas redes sociais.
“Manifesto minha mais veemente crítica a essa proposta de criação de uma turma de Medicina exclusiva para assentados do MST. Não podemos aceitar que a qualidade e a seriedade da formação médica sejam comprometidas em nome de interesses políticos. É preciso que as instituições de ensino repensem essa decisão e busquem soluções que estejam em conformidade com os princípios da Constituição Federal e o Código de Ética Médica. A saúde da nossa sociedade depende disso”, finaliza.

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