Médico há 46 anos, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL) é contra a exigência do passaporte sanitário no Brasil. Defensor da vacinação, segundo ele, “a medida sanitária mais eficaz há 225 anos”, Ovando explica que o processo de imunização não pode ser perpétuo.
O parlamentar afirma que os defensores de documento sanitário não têm coragem de admitir desconfiança em relação à efetividade e à segurança dos imunizantes. “Criam saídas honrosas, tratando a terceira dose como ‘reforço’, sem confirmação científica sobre a eficiência do procedimento e sem saber se funciona”, argumenta.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Ovando sustenta que, se a terceira dose é necessária, o termo ‘reforço’ é impróprio, devendo-se, nesse caso, dizer o porquê de dose adicional e mostrar o fundamento científico ou econômico da iniciativa.
Cita o fato de o Ministério da Saúde não aprovar essa medida até que se complete a vacinação com as duas doses indicadas e a verificação científica da efetividade planejado pelo Programa Nacional de Imunização.
“A tentativa de reduzir a disseminação é louvável, mas a imposição do passaporte é juridicamente inadequada. Mais abusivo se torna quando a vacina ainda não foi disponibilizada a toda população”, observa.
Ovando afirma que a exigência do passaporte sanitário criará grupos sociais excluídos, além de discriminar e separar, ferindo o princípio da isonomia e gerando problemas ético-jurídicos.
“Antes disso, deveríamos mostrar a efetividade das duas doses recomendadas, denunciar o número de complicações e suas sequelas, aceitar a orientação científica de que em crianças e adolescentes o risco do procedimento é maior do que a doença”, sugere.
Ao mesmo tempo, argumenta, é preciso começar outra linha de investigação sobre acompanhamento dos vacinados em diferentes faixas etárias para análise da reação orgânica frente ao coronavírus.
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