A divulgação na última quarta-feira (4) do inquérito da Polícia Federal para investigar a invasão do sistema eletrônico de votação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018 torna fundamental a aprovação do voto impresso auditável. A declaração é do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL), que considera grave o pedido de investigação feito pelo próprio TSE ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o parlamentar, mesmo com a derrota do substitutivo do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) na comissão especial do voto impresso auditável por 23 a 11, a aprovação do texto é possível no plenário da Câmara dos Deputados. “Agora serão 513 deputados, em tese, votando a proposta. Fundamental que os cidadãos cobrem seus representantes porque está em jogo a segurança das próximas eleições”, destaca.
Ovando, que é médico há 46 anos, é um dos principais aliados do governo Jair Bolsonaro (sem partido) em Mato Grosso do Sul, sendo inclusive citado sempre pelo presidente, especialmente em relação à defesa do tratamento precoce aos primeiros sintomas da Covid-19.
O parlamentar diz que o inquérito da Polícia Federal, aberto a pedido do STF, traz várias constatações de que o sistema atual é violável e precisa ser corrigido. “Há farta documentação no inquérito, apresentada por ambos os tribunais (STF e TSE), que indica a gravidade da denúncia. Não podemos deixar passar porque a democracia precisa de instrumentos seguros para ser exercida”, argumenta.
Ao defender a CPI do TSE e aprovação do voto impresso auditável, Luiz Ovando destaca a postura combativa do presidente Bolsonaro, que sempre colocou em dúvida o sistema eletrônico de votação. “O presidente estava certo mais uma vez, quando, mesmo sem saber desse inquérito, trazia elementos mostrando a fragilidade do atual sistema, em que o voto do eleitor não é materializado pelo sistema, o que precisa ser feito pelo Congresso”, justifica Luiz Ovando.