Dr. Luiz Ovando destaca desafios e soluções no combate à dengue

O controle da dengue e do mosquito Aedes aegypti continua sendo um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil.

A mobilização, especialmente no último fim de semana,2, teve como foco a eliminação de criadouros, considerada a principal medida de prevenção. Além disso, enfatizou-se a conscientização da população sobre a limpeza dos quintais, dado que 80% dos focos estão dentro de casa.

Quanto à vacina, Mato Grosso do Sul elevou a recomendação das doses disponíveis, abrangendo agora crianças de 14 anos. No entanto, segundo o deputado federal Dr. Luiz Ovando, apesar dos esforços do governo estadual, os números de imunização ainda permanecem baixos. O parlamentar destaca a importância da conscientização acerca da vacinação, ressaltando que, exceto para a Covid, a vacina é a iniciativa sanitária mais eficaz há 228 anos.

“Não podemos comparar a vacina da dengue com a da COVID, pois o imunizante contra a Dengue levou 112 anos para ficar pronto, e sua eficácia está comprovada em cerca de 82%”, afirma o deputado.

Além de esclarecer que o problema não reside na ineficácia da vacina, o médico cardiologista também destaca os custos elevados e a capacidade de produção do laboratório, que não atinge sua magnitude.

Ovando sugere outras formas de prevenir a disseminação da dengue, como a utilização da tecnologia barata “Wolbachia”: “Não deve ser uma campanha apenas de uma determinada época específica do ano, deve ser uma conscientização constante. Além disso, há, por exemplo, uma tecnologia barata para blindar o mosquito contra dengue e evitar mortes, o método ‘Wolbachia'”, argumenta.

Essa metodologia, autossustentável e econômica, consiste na liberação do Aedes aegypti com o microrganismo Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmitir doenças. O método é complementar, protegendo a região das doenças propagadas pelos mosquitos, uma vez que os mosquitos com Wolbachia, ao serem soltos na natureza, reproduzem-se com os mosquitos de campo, gerando Aedes aegypti com as mesmas características.

Desde o início de 2024 até o momento, Mato Grosso do Sul notificou mais de 4,7 mil casos prováveis de dengue.

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