Dr. Luiz Ovando cobra protagonismo do Senado e denuncia “partido de toga” no Judiciário

Deputado critica STF, cobra exame de proficiência médica e denuncia aumento de impostos sem cortes de gastos

Em entrevista ao Jornal da Hora nesta segunda-feira (23), o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS) defendeu o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal liderança da direita nas eleições presidenciais de 2026. A declaração foi feita ao comentar o cenário político nacional e destacar a força da senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP), considerada por ele “o principal nome do agronegócio brasileiro”.
Para o parlamentar, no entanto, a eleição presidencial não será a disputa mais estratégica do próximo ciclo. Ele alertou que o foco precisa estar na renovação de dois terços do Senado Federal. “A votação no senador vai ser mais importante do que a votação no presidente. Porque se nós elegermos um presidente e tivermos no Senado a maioria apática e indiferente, como está hoje, em que você não consegue levar nada à frente para disciplinar o Supremo Tribunal Federal, nós começaremos a enveredar pelo caminho do comunismo”, alertou.
Crítico contumaz do ativismo judicial, Ovando voltou a denunciar o que chama de “consórcio ideológico” entre a esquerda e o Judiciário. Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal perdeu a neutralidade institucional e passou a agir como uma extensão partidária. “Hoje temos um consórcio ideológico. O STF, liderado por Alexandre de Moraes, virou um ator político, interferindo em decisões que cabem ao Legislativo e atropelando as liberdades individuais. Isso é perigoso e precisa ser enfrentado com coragem”, afirmou.
Médico cardiologista e vice-presidente da Frente Parlamentar da Medicina, Dr. Luiz Ovando também abordou a urgência de se requalificar a formação médica no país. Defensor da valorização do médico clínico e da atenção primária, voltou a insistir na criação de um exame nacional de proficiência. “Temos faculdades formando médicos que não estão prontos para cuidar de vidas. O exame de proficiência, assim como o da OAB, é uma medida justa e necessária, tanto para proteger os pacientes quanto para valorizar quem realmente está preparado”, declarou.
Outro ponto sensível levantado durante a entrevista foi a condução da CPMI do INSS. Ovando acusou o governo de tentar manipular as indicações à comissão para esvaziar seu verdadeiro propósito: investigar fraudes e desvios. “A comissão nasceu com o propósito de investigar fraudes, mas o governo já tenta blindar aliados e transformar o processo em uma encenação”, criticou.
O parlamentar também condenou a Medida Provisória apelidada de “MP Taxa-Tudo”, voltada para aumentar a arrecadação federal. Para ele, o governo insiste na velha fórmula de subir impostos sem mexer em gastos e privilégios. “O atual governo se recusa a cortar gastos, prefere aumentar a carga tributária e empurrar a conta para o cidadão. Isso é uma afronta ao contribuinte brasileiro, que já paga caro e recebe pouco em troca”, afirmou.

Ao encerrar a entrevista, Dr. Luiz Ovando reforçou seu compromisso com Mato Grosso do Sul e apresentou um balanço das emendas parlamentares destinadas ao estado. Somente para Campo Grande, já foram enviados mais de R$ 36 milhões em seu mandato, e estão garantidos mais R$ 37,8 milhões em 2025, incluindo R$ 10 milhões voltados a obras de asfalto e recapeamento. “Nossa responsabilidade é com o povo. Trabalho com seriedade para devolver ao cidadão o que ele paga em impostos, com obras, ações e políticas que melhorem a vida de todos”, concluiu.

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