Deputado Dr. Luiz Ovando critica governo por inação, questiona legitimidade e alerta para a importância do Senado em 2026.
O evento realizado ontem, dia 8 de janeiro, pelo governo federal no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos atos na Praça dos Três Poderes foi alvo de duras críticas e revelou divisões políticas. A cerimônia, que começou esvaziada, contou com a presença de cerca de 1.200 pessoas, incluindo ministros do governo que não estavam de férias, comandantes das Forças Armadas e alguns líderes governistas. No entanto, os presidentes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) não compareceram, e a oposição esteve ausente.
A primeira-dama, Janja da Silva, foi escalada para abrir os discursos do evento, mesmo sem exercer cargo oficial no governo. Porém, a declaração mais polêmica veio do presidente Lula, que, ao tentar exaltar sua paixão pela democracia, afirmou que “os homens são mais apaixonados pelas amantes do que pelas próprias mulheres”. A fala causou constrangimento até mesmo entre apoiadores presentes, que entoavam “sem anistia” a cada pausa em sua fala.
Entre as críticas mais contundentes, destacou-se a do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP/MS), vice-líder do PP na Câmara e opositor ao governo. Em sua análise sobre o evento, Ovando declarou: “Não há o que comemorar. O governo mostrou-se cúmplice de uma encenação, omisso ao saber do movimento com antecedência e nada fazer. Sua incompetência política levanta dúvidas sobre a legitimidade que deveria ser sólida.”
O parlamentar também criticou a atuação do Poder Judiciário, que, segundo ele, se afasta das prerrogativas constitucionais ao se alinhar com interesses políticos. “A justiça tem se curvado aos interesses de ativistas de toga, em vez de respeitar as prerrogativas constitucionais que garantem a imparcialidade”, afirmou.
Por fim, Dr. Luiz Ovando destacou a importância das eleições de 2026, em que dois terços do Senado serão renovados. Ele chamou atenção para a necessidade de um Legislativo forte e independente. “Esse episódio nos lembra da importância de um Senado independente e comprometido com a defesa do Estado de Direito. Lutaremos por um Brasil onde a verdade, a justiça e o respeito à Constituição sejam prioridade”, concluiu.
O evento, que tinha como objetivo reforçar a narrativa de defesa da democracia, acabou expondo as fragilidades do governo e gerando debates intensos sobre o papel das instituições e o futuro político do Brasil.